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Preparando estudantes para a nova energia nuclear

Sep 02, 2023

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À medida que a energia nuclear ganhou maior reconhecimento como fonte de energia com emissões zero, o programa Líderes para Operações Globais (LGO) do MIT tomou conhecimento.

Há dois anos, a LGO iniciou uma colaboração com o Departamento de Ciência e Engenharia Nuclear (NSE) do MIT como uma forma de mostrar a contribuição vital do conhecimento empresarial e do rigor científico que os graduados de dupla graduação da LGO podem oferecer a este campo em crescimento.

“Vimos que o futuro da fissão e da fusão exigia perspicácia empresarial e perspicácia de gestão”, afirma a professora Anne White, chefe do departamento da NSE. “As pessoas que serão líderes na nossa disciplina e líderes na empresa nuclear precisarão de todas as peças técnicas do puzzle que o nosso departamento de engenharia pode fornecer em termos de educação e formação. Mas também precisarão de uma perspectiva muito mais ampla sobre como a tecnologia se conecta à sociedade através das lentes dos negócios.”

A resposta resultante tem sido positiva: “As empresas estão a perceber o valor da tecnologia nuclear para as suas operações”, diz White, e isto muitas vezes acontece de formas inesperadas.

Por exemplo, o estudante de pós-graduação Santiago Andrade concluiu recentemente um projeto de pesquisa na Caterpillar Inc., um importante fabricante de equipamentos para mineração e construção. A Caterpillar é uma das mais de 20 grandes empresas parceiras do programa LGO, oferecendo estágios de seis meses para cada aluno. Superficialmente, parecia um casal improvável; o que Andrade, que estava cursando mestrado em ciência e engenharia nuclear, poderia fazer por uma empresa manufatureira? No entanto, a Caterpillar queria compreender a viabilidade técnica e comercial do uso da energia nuclear para abastecer locais de mineração e centros de dados quando a energia eólica e solar não eram viáveis.

“Eles não estão deixando pedra sobre pedra na busca de soluções financeiramente inteligentes que possam apoiar a transição para uma dependência de energia limpa”, diz Andrade. “Meu projeto, junto com muitos outros, faz parte desse esforço.”

“A pesquisa realizada por meio do programa LGO com Santiago está permitindo que a Caterpillar entenda como tecnologias alternativas, como o microrreator nuclear, poderiam participar desses mercados no futuro”, afirma Brian George, gerente de produtos para grandes soluções de energia elétrica da Caterpillar. “Nossa capacidade de conectar nossos clientes com a pesquisa proporcionará uma compreensão mais precisa da oportunidade potencial e ajudará a fornecer exposição aos nossos clientes às tecnologias emergentes.”

Com as ameaças iminentes das alterações climáticas, White afirma: “Vamos precisar de mais oportunidades para que as tecnologias nucleares intervenham e façam parte dessas soluções. Um grupo de graduados do LGO passará por este programa com conhecimentos técnicos – um mestrado em engenharia nuclear – e um MBA. Haverá um enorme conjunto de talentos disponíveis para ajudar empresas e governos.”

Andrade, que se formou em engenharia química e tinha sólida formação em termodinâmica, candidatou-se ao LGO sem saber qual curso escolher, mas sabia que queria enfrentar o desafio energético mundial. Quando o Departamento de Admissões do MIT sugeriu que ele ingressasse na nova área nuclear da LGO, ele ficou intrigado em saber como isso poderia promover sua carreira.

“Como o departamento NSE oferece oportunidades que vão da energia à saúde e da engenharia quântica à política regulatória, as possibilidades de planos de carreira após a formatura são inúmeras”, afirma.

Ele também se inspirou no fato de que, como ele diz, “a energia nuclear é uma das soluções menos populares em termos de nossa jornada de transição energética. Uma das coisas que me atraiu é que não é um dos mais populares, mas é um dos mais úteis.”

Além de seu trabalho na Caterpillar, Andrade se conectou profundamente com professores. Ele trabalhou em estreita colaboração com os professores Jacopo Buongiorno e John Parsons como assistente de pesquisa, ajudando-os a desenvolver um modelo de negócios para apoiar com sucesso a implantação de microrreatores nucleares. Após a formatura, ele planeja trabalhar no setor de energia limpa, de olho nas inovações no espaço da tecnologia de energia nuclear.